Arquivo mensal 22 de março de 2017

porDr. Antonio Mendes de Oliveira Neto

Curso sobre Técnicas de Impressão 3D

O Labmax ofecereu na noite do dia 21/03/2017, um curso sobre técnicas de impressão 3D para os alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial. A participação dos alunos foi muito produtiva. Os presentes tiveram a oportunidade de verificar que a impressão 3D é algo factível e de fácil acesso, podendo ser empregada em linhas de produção, reduzindo custos e aumentando a produtividade. Também viram, que é possível ter sua própria impressora 3D caseira, com qualidade e custo relativamente baixo, quando comparado a modelos vendidos no mercado.

Parabéns a todos os alunos e professores envolvidos com o curso! Segue o link para download do material utilizado.

Para emissão do certificado de participação do curso, os alunos deverão preencher o formulário abaixo. Somente será emitido certificado para os alunos que constam na lista de presença do curso.

porDr. Alexandre

#LabMax obtem primeiros avanços em inédito tratamento de Inflamação no Coração por Micro-ondas

Endocardite Bacteriana é o nome da patologia que corresponde a inflamação interna do músculo cardíaco devido ao ataque de bactérias. O cientista Dajani et al. (1997) publicou um estudo que, além de ser uma referência sobre a prevenção de Endocardites Bacteriana, tornou-se uma recomendação da  American Heart Association. Este estudo aponta que as bactérias da microbiota bucal do gênero Streptococcus estão associadas a esta patologia. Este tipo de bactéria é incapaz de processar adequadamente a molécula de Peróxido de Hidrogênio (H2O2), e em sua presença, é levada a morte.

Com base nesta fragilidade, uma equipe de cientistas do Laboratório Maxwell iniciou em dezembro de 2016 um estudo dos efeitos da exposição de bactérias, sensíveis a peróxido de hidrogênio, a  radiação de micro-ondas.

Ao serem expostas a radiação eletromagnética no espectro de micro-ondas de 2 a 3 GHz, as bactérias morrem sem que tenha sofrido efeitos térmicos, ao contrário, morrem devido à transferência de energia na forma de efeitos eletrostáticos polares, o que promove a formação de peróxido de hidrogênio, altamente oxidante e letal para muitos micro-organismos, e mesmo por quebra de ligações químicas (SOLANKI, PRAJAPATI e JANI, 2011, KOTHARI, PATADIA e TRIVEDI, 2011; WOO, RHEE e PARK, 2000; JENG et al., 1987).

A figura da esquerda refere-se a fotografia da placa de Petri que não foi exposta a radiação, onde as unidades formadoras de colônias (UFC) são visíveis e destacam-se na cor amarela, enquanto que a fotografia da direita representa a placa de Petri com as bactérias que foram expostas a radiação de micro-ondas, praticamente esterilizada em relação a outra.

Este fenômeno foi experimentado inicialmente através do uso de Real Phantons, ou seja, bactérias cobaias reais do gênero Saccharomyces cerevisiae, sob a liderança da cientísta Drª. Maria Raquel Manhani, com a participação do Me. Sérgio Tavares, aluno do programa de doutorado em engenharia elétrica da Escola Politénica e orientado do prof. Dr. Sergio Takeo Kofuji.

Toda a exposição a radiação não ionizante foi realizada em ambiente seguro e supervisionada pelo Dr. Alexandre Maniçoba de Oliveira, com apoio dos doutores João Francisco Justo e Charles A. S. de Oliveira.

A primeira publicação desta inovadora pesquisa aplicada foi aceita para publicação e apresentação no 5° Simpósio de Dispositivos de Assistência Ventricular e Coração Artificial, evento é organizado e promovido pelas seguintes instituições:

  • Instituto Federal de São Paulo;
  • Escola Politécnica da Universidade de São Paulo;
  • Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo;
  • Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo;
  • e a Sociedade Latino Americana de Biomateriais e Órgãos Artificiais.

Apresentação dos resultados da pesquisa no 5º Simpósio do Coração – Dr. Alexandre Maniçoba, Msc. Antonio Marques e Dr. Eduardo Boch.

Os próximos desdobramentos da pesquisa aplicada estão relacionados ao teste da técnica de radiodesinfecção em bactérias do gênero Streptococcus de maneira a determinar sua eficiência.

Cientistas envolvidos com essa pesquisa:

  • Dr. Alexandre Maniçoba de Oliveira
  • Dra. Maria Raquel Manhani
  • Dr. Charles A. S. de Oliveira
  • Dr. Sergio Takeo Kofuji
  • Dr. João Francisco Justo
  • Me. Antônio Marques
  • Me. Antônio Mendes
  • Me. Sérgio Tavares.

Referências

Dajani, A. S., et al. “Prevention of bacterial endocarditis”, Circulation, vol. 96, n.1, pp.358-366, 1997.

Jeng, D. K., et al. “Mechanism of microwave sterilization in the dry state”, Applied and Environmental Microbiology, vol. 53, n. 9, pp. 2133-2137, 1987.

Kothari, V., Patadia, M. e Trivedi, N. “Microwave sterilized media supports better microbial growth than autoclaved media”. Research in Biotechnology, vo. 2, n. 5, pp. 63-72, 2011.

Solanki, H. K., Prajapati, V. D. e Jani, G. K. “Microwave Technology—A Potential Tool in Pharmaceutical Science”. ChemInform, vol. 42, n. 24, pp. 1754-1761, 2011.

Woo, I. S., Rhee, I. K. e Park, H. D. “Differential damage in bacterial cells by microwave radiation on the basis of cell wall structure”, Applied and Environmental Microbiology, vol. 66, n. 5, pp. 2243-2247, 2000.

#LABMAX, labmax.org, Endocardite Bacteriana, Radiodesinfecção.

 

porDr. Alexandre

Dr Mauro Braga do Campus Cubatão do IFSP e Pesquisador do #LabMax concede entrevista a BBC sobre seus esforços científicos

No último dia 10 de março o Dr Mauro Braga, professor e Coordenador de pesquisa do Campus Cubatão do Instituto Federal de São Paulo e cientista do Laboratório Maxwell, concedeu uma importante entrevista a enviada especial da BBC Brasil, Camilla Costa, onde relatou fatos de sua infância como munícipe de Cubatão e o que vem fazendo como cientista no que tange aos aspectos de qualidade ambiental através do desenvolvimento de moderníssimos sensores ambientais pelo uso de micro-eletrônica.

Todo o #LabMax, bem como a comunidade acadêmica por ele representada, reconhece e parabeniza o Dr. Mauro Braga pelo seu valoroso trabalho, que a muito vem dando ao Brasil, notório reconhecimento no combate a poluição ambiental.

Para ler a entrevista basta clicar no link: BBC Brasil

porDr. Alexandre

LAV Promove o 5° Simpósio de Dispositivos de Assistência Ventricular e Coração Artificial do IFSP – Entrevista concedida ao #LabMax

O Simpósio de Dispositivos de Assistência Ventricular e Coração Artificial será realizado a partir do dia 23 de março e é uma realização do Laboratório de Automação para a Vida – LAV e do Laboratório de Bioengenharia e Biomateriais, ambos do IFSP, com a parceria e apoio da Escola Politécnica da USP e do Instituto de Cardiologia do Estado de São Paulo,  da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e da Sociedade Latino Americana de Biomateriais, Engenharia de Tecidos e Órgãos Artificiais.

5° Simpósio de Dispositivos de Assistência Ventricular e Coração Artificial

Com intuito de debater importantes assuntos correlatos a área de órgãos artificiais, o LAV estará promovendo quinta edição deste que vem se tornando o evento de referência na América Latina sobre o tema.

Para sabermos um pouco mais sobre esse proeminente evento, segue uma entrevista concedida com exclusividade ao #LabMax pelo Dr. Tarcisio Leão, cientista líder do LAV e membro da equipe de organizadores do simpósio.

#LabMax –  Dr. Tarcisio, poderia explicar o que vem a ser Dispositivos de Assistência Ventricular e Coração Artificial ?

Dr. Tarcisio – São equipamentos que permitem restabelecer a função de bombeamento do coração em pessoas que são diagnosticadas com insuficiência cardíaca. Quando essas pessoas são refratárias às outras terapias, tal como os fármacos, as opções de tratamento são o transplante e, ou, os dispositivos de assistência ventricular (DAV) ou coração artificial. A diferença entre DAV e coração artificial é que este último realiza toda a função de bombeamento do coração em um dispositivo, enquanto que o primeiro realiza a função de um único ventrículo. O DAV ou coração artificial pode ser usado como uma ponte para o transplante cardíaco, ou como apontam os últimos resultados, como terapia de destino (manter a vida do paciente com o DAV permanentemente).

#LabMax – Como surgiu o interesse pelo desenvolvimento de pesquisa sobre esse tema?

Dr. Tarcisio – Surgiu com a oportunidade de desenvolver um projeto de iniciação científica sobre o controle dos motores que são utilizados nestes dispositivos, em 2008, sob a orientação do Prof. Eduardo Bock, do IFSP, Campus São Paulo. Desde então, trabalhei nestes projetos na especialização, mestrado e, por fim, no doutorado, que realizei no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Agora meu interesse é despertar mais interessados e avançar nas pesquisas na área.

#LabMax – Qual é o objetivo do 5° Simpósio de Dispositivos de Assistência Ventricular e Coração Artificial de 2017?

Dr. Tarcisio – Promover o encontro e troca de experiências entre os pesquisadores que trabalham no Projeto Temático financiado pela FAPESP, mas, principalmente, divulgar os avanços que cada pesquisador alcançou como motivação para novos alunos e pesquisadores. Este tema tem relevância social, afinal, são 300 mil mortes por ano por doenças do sistema circulatório, e há uma grande necessidade de desenvolver tecnologias para apoiar os tratamentos. Não há como imaginar avanços nessa área sem contar com especialistas acompanhando as mais recentes pesquisas, nesse sentido, o Simpósio desempenha importante papel. É um objetivo, também, apontar novos rumos e soluções para os temas relativos aos DAV e coração artificial.

#LabMax – Como surgiu a ideia do evento e quem são os organizadores?

Dr. Tarcisio – O Instituto Federal de São Paulo têm participado ativamente do desenvolvimento do Projeto Temático, juntamente com a Escola Politécnica da USP e o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, então sugerimos levar a 5ª Edição do Simpósio para o Campus São Paulo. A ideia foi muito bem recebida pela coordenação do Projeto, os Professores José Roberto Cardoso e Aron José Pazin de Andrade, e desde então o Prof. Eduardo Bock, eu e o Prof. Sérgio Araki e mais uma grande equipe estamos trabalhando para tornar esse evento numa grande oportunidade de novos projetos e um debate científico de qualidade.

#LabMax – Como foram as edições anteriores?

Dr. Tarcisio – A primeira edição ocorreu em 2010, na Escola Politécnica da USP, contando com a participação dos pesquisadores e os alunos da USP. As edições seguintes foram realizadas no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, como parte da agenda de eventos desta instituição. Nestas edições a participação de alunos de outras instituições aumentou e o contato com os médicos da área se estreitou.

#LabMax – Quais as expectativas sobre o evento?

Dr. Tarcisio – Esperamos uma expressiva participação dos alunos. Já temos inscrições de alunos de variadas instituições, o que nos deixa muito contente e aumenta nossa responsabilidade na organização. O debate científico, sem dúvida, nosso principal objetivo, é a nossa maior expectativa, pois sabemos que será a partir dele que motivaremos nossos alunos e que seguiremos mais firmes nas pesquisas.

Nós do #LabMax agradecemos, reconhecemos e parabenizamos ao Dr. Tarcisio, e a todo o LAV, assim como aos cientistas do BIOENG e demais instituições parceiras, por esta relevante iniciativa que trará maior qualidade de vida a população brasileira, como um todo!

Para maiores informações acesse:

porDr. Antonio Mendes de Oliveira Neto

Feliz dia internacional da mulher!

Imagem: Membros da Women’s International League for Peace and Freedom, 1922

Os integrantes do laboratório Maxwell parabenizam todas as mulheres por esta importante data e gostaria de lembrar de algumas brilhantes mulheres, que se não tivessem se dedicado as suas pesquisas, nosso avanço tecnológico seria bem menor.

Nossa pequena e limitada lista:

  • Grace Hopper – Ph.D em matemática pela Universidade Yale, foi a programadora do Mark I, inventou o primeiro compilador de programas de computador da história, levando a criação do COBOL.
  • Ada Lovelace – Escreveu o primeiro algoritmo da história, para ser processado pela máquina de Charles Babbage, tornando-se assim a primeira programadora da história.
  • Hedy Lamarr – Alem de atriz, criou um sistema de troca de canais de frequência de radio, que impedia que os mísseis fossem interceptados pelo inimigo na segunda guerra mundial. Sua tecnologia de transmissão mais tarde foi aperfeiçoada, gerando tecnologias como Wifi e Bluetooth.
  •  Edit Clarke – Trabalhava resolvendo problemas relacionados a transmissão de energia elétrica nos EUA. Em 1922, tornou-se a primeira mulher a ser empregada profissionalmente como Engenheira Eletricista.
  • Marie Curie – Desenvolveu pesquisas pioneiras no ramo da radioatividade. Foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel.
  • Cecilia Payne – Foi a primeira pessoa a demonstrar que o Sol era constituído principalmente por hidrogênio. Antes disso, achava-se que a Sol tinha constituição semelhante a Terra.